quinta-feira, 22 de agosto de 2013

BANCANDO A AMA SECA


Clayton Poole (Jerry Lewis) é um rapaz que vive em uma cidade pequena e que trabalha como reparador de televisão. O amor de sua infância, Carla Naples (Marilyn Maxwell), se tornou uma grande estrela e quando ela se casa com um toureiro, que morreu um dia após do casamento, ela fica grávida. Seu agente, Harold Herman (Reginald Gardiner), tenta impedir um escândalo e manda Carla de volta a sua cidade natal, contando a imprensa que ela precisava de concentração para o seu novo papel em um filme religioso chamado The White Virgin of the Nile. Carla pede ajuda a Clayton, e ele aceita cuidar do bebê assim que ele nascer.





















quarta-feira, 21 de agosto de 2013

TARDE DEMAIS PARA ESQUECER


Tarde Demais para esquecer

Direção: Leo McCarey
An Affair to Remember, EUA, 1957.

Tarde Demais para Esquecer é o clássico por excelência no sentido da atemporalidade – e da eternidade -, pois da primeira à última cena, não nos vemos presos a um contexto definido. Não há um painel histórico por trás – como em Casablanca -, nem um objeto a qual se prender para desenvolver a história – como em Desencanto, em que o trem assume um papel (quase) central, e hoje é algo quase obsoleto -, menos ainda uma ideologia clara – como nos filmes do Capra. O grandioso foi estabelecer uma linha de desenvolvimento simples, que mesmo tendo pontos notáveis de certos períodos – é evidente que a televisão em massa estava apenas no começo, por exemplo -, contando uma história de amor universal, sincera e de apelo emocional sem abusar dos artifícios melodramáticos. É um filme belo, por assim ser, não por te fazer chorar e/ou soluçar.

Refilmagem de Duas Vidas, também dirigido por McCarey, Tarde Demais para Esquecer usa artifícios badalados no gênero. Há, não só no habitual romance, mas em qualquer forma de narração o intuito de criar uma atmosfera que possa ser ao menos recompensadora. Ou seja, devem-se criar obstáculos e imprevistos para uma história ter em sua continuidade o interesse. Seria chato, de tão fácil, se simplesmente Nickie e Terry não tivessem estabelecido um prazo ou uma condição para o reencontro no topo do Empire State Building (o mais perto do céu em NY). As dificuldades que surgem, e a não aparição de Terry, dão ao filme um novo impulso, e o uso da ironia dramática nos apreendem para o momento final. Pois sabemos o que ocorre com cada um, e sabemos o que cada um sabe. O discurso de Terry e sua postura diante do ocorrido ganham grande dimensão numa história intrincada, em que o dito verdadeiro amor está acima de tudo, exceto do orgulho.



Analisando a película mais friamente, percebe-se que ela não passa de uma batalha entre o verdadeiro amor e o orgulho. E quem dita as regras na maior parte das vezes é o orgulho; raras são as ocasiões em que a paixão fala mais alto. Um dos melhores exemplos é a cena em que, após brigarem, sentam-se um de costas para o outro, sem saberem, tendo ao fundo as gargalhadas dos tripulantes e passageiros. O orgulho assume um papel de obstáculo. Nickie é orgulhoso demais para fazer com que seus quadros sejam vendidos sob a égide do playboy solteirão mais famoso da cidade, assim como Terry esconde o verdadeiro motivo de ter faltado ao encontro. E é nesse último caso que o confronto se finca. A beleza é de que independente do vencedor, ambos continuam com seu papel importante no desenvolvimento da história. Afinal, privam-se do amor pela dita dignidade pessoal. E que obstáculo é mais humano do que si mesmo?

Outro caráter importante na película é a transformação dos indivíduos pelo simples fato de trabalhar. Sustentados pelos respectivos cônjuges, Nickie e Terry, ao se prometerem em casamento, abandonaram o “sangue-suguismo” e foram à luta. Terry volta a cantar em bares e cabarés, profissão que deixara de lado ao se juntar com o ex-noivo. Nickie segue sua vocação e se dedica à pintura, um tanto quanto amadora, que se estabiliza na qualidade com as guinadas e baques de sua vida amorosa. O auge vem com o quadro da “santa”. A importância que suas respectivas novas carreiras ganham, mudam a cabeça das personagens, visando a passagem do tempo e assim de suas amarguras.


À parte das estrelas Cary Grant e Deborah Kerr, as cenas são roubadas por Cathleen Nesbitt, como a avó Janou. Ela é a voz da emoção racional. É ela que mostra a singeleza e harmonia na convivência até então turbulenta entre os protagonistas. O “paraíso” que é sua morada é engendrado num plano religioso, com inclusão da capela, mas o tom bucólico é o que mais chama a atenção. Plantas cercam o local, assim como o silêncio e a tranqüilidade. Não há meios de comunicação externos com visibilidade, e é esse encanto que cria a atmosfera de romance na película. Aliás, a conveniente parada na França faz com que engatinhemos para o segundo ato da trama, em que a música passa a ser fundamental. O uso dá música acaba se dando como ponto de encontro entre as almas das personagens. O tema “An Affair to Remember”, de Hugo Friedhofer, torna-se recorrente na obra à medida que os dois parecem se afastar. A interrupção dele pelo sinal sonoro do navio funciona como pista para o que ocorrerá, e o que parece, só Janou consegue restabelecer a harmonia de volta aos seus corações. Em outros momentos vemos exaustivamente números musicais na vida de Terry, que poderia ser muito bem interpretado como à volta de um momento para ela glorioso, que em sua nova realidade refuta.


Talvez o maior mérito do filme seja a condução de Leo McCarey. Notório por comédias, faz em Tarde Demais para Esquecer algo que não se torna grudento. Tão presente quanto o romance, está a comédia, sem, em momento algum, se tornar uma típica comédia romântica atual. Isso que é maravilhoso em diretores como McCarey, são poucos que atingem um grau de elegância em sus filmes sem cair em banalismos. Um exemplo disso, para quem viu a última apresentação do Oscar (2007), é a montagem de Nancy Meyers em homenagem aos roteiristas. Pomposa e rechaçada, ela mostra com a vida de um roteirista é difícil ao som do tema de Missão Impossível. É essa mulher que faz comédias românticas hoje em dia. O filme não se enquadra propriamente nesse gênero, mas a descontração das personagens e do espectador corrobora para o clima despretensioso. Embora nos deparemos com uma linda história de paixão, são os momentos cômicos que carregam boa parte da trama.


E tudo graças à supressão das imagens melodramáticas, cortando bem quando elas irão começar.





















TRÊS HOMENS EM CONFLITO










 Três Homens em conflito (título no Brasil) é o último filme da tão aclamada “Trilogia dos dólares”. Até ali, o estilo de Leone para dirigir um filme já estava definido: close nos rostos suados e sujos, um bom tempo sem qualquer fala, ótimos enquadramentos em busca do perfeccionismo, humor ácido, momentos que pegam o espectador de surpresa com cortes emocionantes e um ótimo suspense no ar, com as músicas do maestro Ennio Morricone. Tudo que o cinema do “bangue-bangue” merece.
O filme é considerado a obra-prima do faroeste, tanto por causa da direção do italiano Sergio Leone, quanto pelo elenco clássico: Clint Eastwood interpreta o papel de Blondie (Loirinho) e também é apresentado como “O Bom” (que, apesar do nome, não é tão bom assim); Lee Van Cleef é Angel Eyes (Olhos de Anjo) e também “O Mau” (este sim merece o nome que recebeu); e o papel do “Feio” (cujo verdadeiro nome no filme é Tuco Benedicto Pacífico Juan-Maria Ramirez) fica para Eli Wallach, atuando espetacularmente e sendo o principal ator da trama, conseguindo ser engraçado e ao mesmo tempo vingativo, chamando a atenção de todos.
Em sua primeira hora, tudo é mostrado referindo-se com os personagens (suas características principais, seus costumes, etc) e por isso o filme só passa a ter sentido depois. Com uma introdução de quase três minutos, mostra-se o nome de todos os participantes da obra cinematográfica; os dez minutos iniciais do filme não possuem nenhuma fala. O primeiro tiroteio acontece para apresentar Tuco, o Feio, o qual mata dois dos três caçadores-de-recompensa que tentavam pegá-lo. Depois é Angel Eyes, o Mau, mostrando sua crueldade e voracidade, tudo apenas para ver dinheiro na frente. E por último é Blondie, o Bom, salvando Tuco de uma armadilha, porém entregando-o para a justiça e recebendo uma boa grana. Após isso, os dois se juntam para ganhar dinheiro: Tuco era levado por Blondie para ser enforcado, o loirinho recebia a recompensa, e justo na hora do enforcamento, ele salvava Tuco, dividindo o dinheiro com seu parceiro. E é a partir desta união que as trapaças começam: Blondie deixa Tuco no meio do deserto, sem água e muito longe da cidade. O sujeito consegue sobreviver, volta para a cidade e faz o mesmo com Blondie. Daí que eles descobrem Bill Carson, falso nome de Jackson, o qual escondia um tesouro em um cemitério. Enquanto Blondie sabia a campa em que ficava o tesouro, Tuco sabia qual era o cemitério e Angel Eyes apenas queria saber onde Bill Carson se escondia, para saber estas duas pistas já descobertas por Blondie e Tuco. Por conta do tesouro, a rivalidade e as trapaças passam a ser maior do que a falsa amizade que existiam entre eles. Após esta primeira hora de filme interpretada anteriormente, tudo passa a ter sentido, já que a partir dali o filme gira em torno dos três pistoleiros em busca do tesouro. Mesmo que o filme possua quase 3 horas, você não vê a hora passar, tudo é feito inteligentemente, para prender a atenção, sem deixar que a pessoa se canse facilmente.
Outro fator importante para o filme é a trilha sonora. Ennio Morricone se superou neste filme, sendo a trilha sonora mais conhecida de todas as suas obras já feitas. Talvez até mesmo alguém que não tenha assistido ao filme conheça a faixa principal, interpretada abaixo pela “Orquestra de Ukuleles da Grã-Bretanha”:


A SUMMER PLACE













Ken Jorgenson (Richard Egan) é um importante homem de negócios que resolve levar sua esposa Helen (Constance Ford) e sua filha Molly (Sandra Dee) a uma ilha fora da costa de Maine, local onde foi salva-vidas, para passar as tão esperadas férias. 
Já no resort, Molly conhece Johnny Hunter (Troy Donahue) por quem se apaixona perdidamente. O que eles não sabem é que o pai de Molly, Ken, e a mãe de Johnny, Silvia (Dorothy McGuire), tiveram uma ardente e intensa paixão na adolescência exatamente no mesmo resort. 
O reencontro dos dois irá reacender um amor adolescente que nunca se apagou completamente, criando um clima tenso mesclado de paixão e traição. 
Filme de estréia do renomado ator Troy Donahue, de "O Candelabro Italiano", que surpreendeu a crítica lhe rendendo uma indicação ao Globo de Ouro® de Melhor Ator Coadjuvante.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

JORNADA PELA LIBERDADE - AMAZING GRACE


O filme começa quando William Wilberforce severamente doente passa um feriado em BathSomerset, com seu primo Henry Thornton. Onde ele é apresentado a sua futura esposa Barbara Spooner, de início ele resiste, mas ela acaba convencendo-o a contar a história de sua vida. A história retorna 15 anos (1782), e William reconta os eventos que ele passou para chegar onde estava. Começando como um ambicioso e popular membro do Parlamento inglês, foi persuadido por seus amigos William Pitt,Thomas ClarksonHannah More e outros a ocupar-se com o perigoso assunto do Comércio de Escravos o que acabou deixando-o muito impopular na Câmara dos Comuns Britânica entre os membros do Parlamento que alegavam a importância dos escravos no comércio de LondresBristol e Liverpool.